Friday, September 27, 2013

Eleiçoes LOCAIS? É só desdobrar datas das eleições.

Autárquicas, eleições onde o que está em jogo é a resolução dos problemas locais. Claro que a ideologia e as grandes famílias políticas têm a sua relevância; mas os programas locais, as pessoas envolvidas, e as soluções para casos concretos deveriam ser o mais relevante.

No entanto, é muito difícil para alguém votar num candidato que não seja do seu partido sabendo que as leituras vão ser sempre nacionais. O partido em dificuldades diz: "Estas eleições são locais" (exemplos recentes, Miguel Macedo e Manuela Ferreira Leite, ambos do... PSD). Mas, se o PSD ganhar (ou não perder tanto assim), ambos irão dizer que os portugueses deram uma prova de confiança no governo. E o eleitor sabe disto.

Uma solução fácil: As várias eleições em datas diferentes. Se o Porto votar num ano em Dezembro, Lisboa no outro em Junho, e Coimbra no outro em Fevereiro, fica tudo muitíssimo mais local. Seria um grande avanço para os temas serem muito mais próximos das populações e termos autarcas bem mais antenados com os problemas que verdadeiramente interessam.

Tuesday, September 10, 2013

A hipocrisia europeia

Uma olhada pela opinião pública portuguesa e europeia indica-nos que somos contra uma intervenção na Síria. As armas químicas, e os mortos, inclusivé crianças são uma desgraça, pontifica o ministro dos negócios estrangeiros irlandês, BUT, uma intervenção só se a ONU estiver de acordo.

A ONU, para os mais distraídos, é uma organização tremendamente eficaz, na qual esses grandes baluartes dos direitos humanos, e da paz que são Rússia (de Putin!), e China têm direito de veto.

E ainda por cima, os europeus, e a nossa opinião pública, acusam os americanos e Obama de quererem fazer uma guerra por interesses escondidos. Eles, os americanos, a fugir dessa guerra a sete pés, e só agora, depois da coisa descambar por completo, lá sentem que não podem deixar o uso de armas químicas ficar impune. E nós, os europeus, como sempre, lá estamos prontos para nunca metermos o corpinho quando é a doer, prontos para dizer mal dos americanos, e prontos para ficar contentes com a posição de força da Rússia!

Somos nestas coisas países sem espinha dorsal.