Cavaco a Primeiro-ministro
Cavaco não pára de mandar postas de pescada sobre economia. Nomeadamente que o TGV e outras obras públicas não devem avançar. Falando no seu tom irritantemente professoral diz que é básico não investir quando a economia está mal.
Entra em campo a única certeza que eu tenho sobre a economia: que para um ensinamento básico há outro ensinamento básico contrário; diz o nosso amigo Keynes: investimento público é bom em momentos de crise.
Outro ensinamento básico, desta vez do direito (constitucional) que eu professoralmente dou ao Cavaco: o Presidente da República não tem que mandar postas sobre economia. Esse é o papel do primeiro-ministro e dos partidos da oposição. Era lindo fazermos-lhe chegar essa mensagem nas próximas eleições; e ele depois poderá disputar o papel de primeiro-ministro que tanto deseja.
Entra em campo a única certeza que eu tenho sobre a economia: que para um ensinamento básico há outro ensinamento básico contrário; diz o nosso amigo Keynes: investimento público é bom em momentos de crise.
Outro ensinamento básico, desta vez do direito (constitucional) que eu professoralmente dou ao Cavaco: o Presidente da República não tem que mandar postas sobre economia. Esse é o papel do primeiro-ministro e dos partidos da oposição. Era lindo fazermos-lhe chegar essa mensagem nas próximas eleições; e ele depois poderá disputar o papel de primeiro-ministro que tanto deseja.
posted by tiago m at 12:13 AM
6 Comments:
Quanto a mim, estou preparado para isso. Mal a mal, prefiro o lirismo idealista do poeta da revolucao, ao pouco sumo de uma laranja já seca e azeda.
Caro Tiago apesar do tom utilizado muito irritante e paternalista não posso deixar de concordar com Cavaco.
Em relação se deve ou não comentar, mal achava eu que ele não dissesse nada ao ver, para mim são de certeza, as aberrações que poderão ser todos estes grandes investimentos.
Não deixas de ter razão ao afirmar que são nas alturas de crise que o estado mais deve investir, distribuindo riqueza e aproveitando o efeito multiplicador para combater a crise.
No entanto, tenho que concordar com o "nosso" Presidente. Nesta data Portugal não têm capital. Assim qualquer investimento com alguma grandeza terá sempre que ser suportado por empréstimos feitos no estrangeiro, aumentando a nossa dívida pública e as implicações todas que isto pode ter até na prestação mensal que cada português paga pela sua casinha..
Mais, a grandeza dos projectos irá atrair grandes empresas ou consórcios estrangeiros o que afundará ainda mais o estado da nossa economia. Isto seria pedir aos alemães dinheiro para pagar aos Espanhóis, para criar infra estruturas que não são básicas e que a sua viabilidade financeira futura é no mínimo duvidosa (pagar 70€ para ir de comboio para Madrid comparado com os preços dos bilhetes de avião disponíveis!!)
Não teria qualquer objecção se estes investimentos fossem realizados nas ferrovias existentes, melhorando as suas condições e diminuindo os tempos de viagem.
Imagina os contributos que uma linha ferroviária moderna nacional poderia dar para o desenvolvimento de Portugal. Trabalhar em Lisboa, Porto, ou no Litoral e residir no interior do País. Viver numa aldeia típica alentejana como Santa Clara, com moradias t2 desde 30.000€, sem problemas de segurança e estar a uma hora de distancia da oferta cultural e profissional de Lisboa ao contrário das 3h tomadas no presente.
Existe um critério de prioridades e preferências em cada um de nós... eu eu consegui-te arranjar um 100 numero delas que ficariam à frente do TGV ou da terceira ponte sobre o Tejo...
Grande Abraço amigo..
Tiago Santos
Zorze,
vamos nessa...
Caro Tiago, grande homem,
não podia estar em mais desacordo contigo; quanto ao TGV, há conclusões que não precisam de estudos, ou melhor, se os estudos chegam às conclusões que o TGV não é rentável, para mim estão errados: ou estão a partir de premissas erradas, ou os modelos estão errados, ou alguém está de má fé
o TGV existe na Europa toda e é rentável; a gasolina vai ser cada vez mais cara; viajar de avião vai ser mais dificil; as pessoas vão continuar a movimentar-se mais; como é possível que o TGV não seja viável? (sem falar de questões como o vulcão que demonstram como o tráfego aéreo é inerentmente frágil). Não fazer o TGV agora é condenar todos nós a estarmos para trás numa coisa crucial, durante não sei quantos anos. E o pior é que se está a preparar o caldinho para isso mesmo (e mtas vezes por questões meramente politiqueiras, o que é simplesmente triste).
Grande abraço,
tiago
Amigo Lisbon Magalhães
Não podia estar mais de acordo contigo em relação às postas de pescada do Sr. Silva. Aliás, essas postas nem sequer são de pescada fresca, mas sim de marmota congelada nº 3 o que deixa o nosso amigo cavaquinho como o famoso "mau hálito político", o qual sentiu hoje aqui em casa, quando no exercício das suas funções de PR e entrevistado como tal, não coibiu de comentar o discurso ontem do candidato Manuel Alegre.
Até parece que comeu ovos podres...
Jorge Jesus a Primeiro!
Que é que interessa o Cavaco?
Já não deu para perceber que vamos estar em recessão enquanto não tivermos uma justiça ao nível dos melhores países Europeus?
Será que não vêm que é impossível competir com pessoas que estão acima da justiça e que isso degrada a democracia?
Tanto importa o Cavaco como outro qualquer que com a justiça que temos qualquer que queira ser Primeiro Ministro só poderá ser para tirar partido próprio!
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