Monday, September 26, 2011

Cara Pálida Não Resolve

Todos já ouvimos como o Brasil está a bombar. Campeonato do mundo de Futebol, Jogos Olímpicos, uma euforia enorme a entrar no grande país. Cheira que eles estão numa bolha, e que como todas as outras bolhas, acham que desta vez é diferente, e que os mecanismos psicológicos da euforia vai inevitavelmente levar a um baque como em todos os outros casos (internet nos US em 2000, Islândia, Irlanda, Portugal, etc).

Uma entrevista de Ideli Salvatti, ministra das relações institucionais, deu-me um pouco de esperança que talvez possa ser um pouco diferente. Novos impostos necessários para a saúde, e toda a gente vai ter que participar.

Como a entrevista é uma delícia, transcrevo duas perguntas. As Caras pálidas do Brasil têm uma plasticidade linguística do melhor. (entrevista na totalidade aqui)


Mas não é complicado criar imposto em 2012, um ano eleitoral?

É uma coisa complicada, sim, mas todos os governadores acham, e nós concordamos, que o principal tema da eleição de 2012 será a saúde. Não dá para fazer o debate de forma demagógica, dizendo: "Ah, vamos resolver". Resolver de onde, cara pálida? A presidenta Dilma chamou os governadores, o Congresso e disse: "Não façam maquiagem. Se vocês querem que a saúde tenha evolução de patamar, de atendimento, vai ter de mexer. E não serei eu, sozinha, que vou fazer isso".

O núcleo duro do Planalto é composto por duas mulheres - a senhora e a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann - e um homem, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Quem manda mais?

Somos o Trio Ternura. É tudo ternurinha aqui. Só teve um estresse: no Congresso do PT, quando as mulheres reivindicavam paridade na direção, o Gilberto me cutucou e disse: "Eu vou abrir aqui a faixa ‘Paridade no Planalto também’".

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