Overbooking
Na Europa unida os Quadro Comunitários de Apoio (QCA) são como estratégias politico-financeiras, divididos em sete anos (à la planos quinquenais, estilo Estaline). Os QCA são divididos em Programas. Os Programas distribuídos em Eixos. Dentro dos Eixos há Medidas. E em cada Medida há dinheiro. Que tem que ser gasto dentro do tempo estrito do QCA. Os dinheiros do QCA actual termina em 2006, tem que ser gasto –executado– até final de 2008.
É então que entra o conceito de Overbooking. Tal qual como nos aviões, um gajo compra um bilhete e arrisca-se a ficar em terra. Ou seja, mais projectos são aprovados do que o dinheiro existente (ESCÂNDALO). Como minimizar este ESCÂNDALO ? Dando dinheiro aos projectos mais bem geridos? Mais relevantes? Mais equilibrados? Cortando proporcionalmente por todos os projectos aprovados?
Os burocratas têm outra solução (os burocratas são sempre sábios): "No entanto, como a Medida 5 está em overbooking, o dinheiro será atribuído a quem apresentar primeiro os pedidos de pagamento."
É então que entra o conceito de Overbooking. Tal qual como nos aviões, um gajo compra um bilhete e arrisca-se a ficar em terra. Ou seja, mais projectos são aprovados do que o dinheiro existente (ESCÂNDALO). Como minimizar este ESCÂNDALO ? Dando dinheiro aos projectos mais bem geridos? Mais relevantes? Mais equilibrados? Cortando proporcionalmente por todos os projectos aprovados?
Os burocratas têm outra solução (os burocratas são sempre sábios): "No entanto, como a Medida 5 está em overbooking, o dinheiro será atribuído a quem apresentar primeiro os pedidos de pagamento."
posted by tiago m at 1:27 AM
7 Comments:
essa questão do overbooking, surge devido ao facto de as candidaturas serem aprovadas e pressuporem a sua realização física e financeira.
casos há, ao nível de obras públicas, onde as autarquias (por ex.) garantiam a aprovação das candidaturas, com o preenchimento de pressupostos em projecto, mas teimavam em ter 0,0% de realização física das obras, indeterminadamente até as finanças municipais o permitirem.
assim, uma gestão sustentada (e difícil) dos dinheiros comunitários deve prever a substituição de projectos sempre que a sua realização física não ocorrer ou ocorrer só em parte. neste último caso, de empreitadas ou investimentos realizados apenas a 60%,por exemplo, libertam verbas que os projectos em overbooking poderão aproveitar, eventualmente com taxas de comparticipação menores.
os critérios e os prazos de execução e de pagamentos é que devem ser claros. pois.
não esqueças de tirar a senha. segue!
Bem pior é existir dinheiro, e não existirem projectos
eu tinha um projecto para comer a minha vizinha do lado, mas a sabichona ficou em overbooking agoar na latada...
como devo proceder?!?!?!
mas é suposto as entidades que ficam em overbooking saberem?
ou vão gastando (leia-se pedindo serviços a terceiros) e depois se não houver dinheiro, porque já foi gasto antes, vão arrumar carros para pagar aos fornecedores?
Zé se estava em overbooking, tambem não interessa, è um projecto gasto sem futuro. Mais vale gastar o "dinheiro" em novas ideias.
Hummmmmmmmm, burocratas, Medida 5... nem me falem! É por causa de decisões deste calibre técnico que muita gente já não recorre a apoios e sobra dinheiro. E depois, como muito bem foi dito aqui nos comentários, alguns que investiram a contar com o apoio vão ficar com a corda na garganta.
No IFADAP, disse-me um dia um responsável que não se esquecia daquele jovem agricultor do interior a quem tinham prometido mundos e fundos, que investiu tudo numa vacaria, para produzir leite e alimentar a malta, e depois o IFADAP decidiu que afinal já não apoiava vacarias. O jovem, só com trabalho e dívidas, matou-se, enforcado com a corda de transportar as vacas.
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