Monday, December 03, 2007

O Resto É Paisagem

O Programa Ciência 2007, abriu posições onde doutorados podem prosseguir investigação semi-autónoma. E ter vantagens extraordinárias, miragem para todos os outros investigadores: súbsidio de férias, 13.o mês, segurança social, e acesso a subsidio de desempro.

O Ciência 2007 insere-se na nova tendência do financiamento do ensino superior: um bolo comum, ao qual toda a gente se candidata; e ganha quem tem mais competência, melhores projectos melhores equipas; de onde se vem, não tem qualquer relevância.

Distribuição geográfica das bolsas Ciência 2007: 60% para Lisboa, 13% para o Porto, Minho 9%. Coimbra ficou em quarto com 7 %. O grande paradigma da coesão nacional, o Estado a intervir para desenvolver solidariamente o país: tudo para Lisboa; uns pozinhos, pozinhos pozinhos, para o resto

15 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Já que estás em Lisboa, aproveita!!!

3:39 PM  
Blogger tiago m said...

mas, querida Sofia eu não estou a insinuar nada! Estou simplesmente a dizer que um sistema estatal de financiamento com um bolo comum não é maneira de desenvolver solidariamente o país.

este sistema só conduz a que os melhores fiquem melhores, que Lisboa continue mais na frente do que o resto do país; e os números aí estão

Que Lisboa é melhor k o resto do país, não há dúvidas

(embora tb não sejamos completamente ingénuos, claro que um sistema em que os júris são do mesmo sítio, leva a um bias ainda maior; mas repito que isso nem é o que eu quero dizer com este post)

4:17 PM  
Anonymous Anonymous said...

Viva Lisboa e abaixo a provincia e as regiões atlanticas, que não produzem e recebem montanhas de dinheiro. Deveria ser esta a repartição de todos os dinheiros públicos. Para quem trabalha, para quem recebe.
E quanto será recebido a Madeira desta vez????

8:14 AM  
Anonymous Anonymous said...

Para quem já foi ciclista: http://bicicletaderecados.blogspot.com/2007/11/o-norte-produz-e-lisboa-gasta-ou-ento.html
A verdade vem sempre ao cima da àgua.
Os do Porto não fazem a ponta dum corno...

11:40 PM  
Blogger Paulo Coelho Vaz said...

Tiago
Mais do que analisar um número, convém perceber a história toda e ter todos os números, como por exemplo saber a percentagem dos candidatos também por Universidade ou pensar sequer no número de instituições em Portugal e na sua dimensão.
E repara, em Lisboa existem mais universidades Públicas e Privadas. Para além disso existem um maior número de instituições de investigação. Pelo que percebi era necessário haver candidatos e as pessoas de fora de Lisboa não estão habituadas a esses processos muito avançados… ;)

12:06 PM  
Blogger miguel p said...

eu acho que o teu texto, tiago, resume na perfeição o que se passa: bolo comum, clareza nas candidaturas, igualdade de juízo e justiça nas escolhas. apenas a conclusão bairrista me parece desajustada.

se o resultado, foi o que foi, por certo reflete proporcionalmente o numero de candidatura apresentado, pois de certeza que será também de lisboa, o maior número de eventuais candidaturas não aprovadas.
se se passasse o contrário é que poderiamos insinuar uma série de coisas, acho eu.

neste caso, acho realmente tem muito mais a ver com mérito, competências e valências do que estratégicas geográfica e politicamente correctas, ainda por cima definidas a jusante.
a questão do desenvolvimento solidário não pode partir deste nível de investimento, sob pena de o nível por baixo.

acho que ganharíamos se fosse iniciado por outros níveis, mais estruturais como o emprego jovem, fixação de casais, incentivo à natalidade, investimento em bons centros educativos em vilas médias, residências estudantis e blá, blá, blá...
o resto, os doutorados e afins, aparecerão num instante...
abraço

3:09 PM  
Anonymous Anonymous said...

Pois mais uma vez os números não enganam. Podem tentar justificar, e dizer blá, blá, blá… Mas o que é certo é que vai tudo para Lisboa. TUDO!!! E não vem nada para o Algarve, nem para o Alentejo.

7:38 PM  
Anonymous Anonymous said...

Acabei agora de chegar a casa, depois de ter passado duas belíssimas horas a ouvir o Vitorino a encantar a plateia e balcões do Teatro da Trindade.

A primeira parte do espectáculo foi constituída por grandes canções, compostas pelo António Lobo Antunes, que versavam genericamente sobre putas, chulos, generais, marinheiros, bébados, pensões rascas, etc...

A meio do espectáculo, o mais famoso bigode do Redondo, resolveu cantar o "Fado Para Acabar Com O Défice", do qual eu transcrevo a letra:

"Engenheiro Sócrates vem comer tornedó / Engenheiro Sócrates vem comer Tornedó / E depois vai fazer óó / E depois vai fazer óó"
Risada geral na plateia.

Já no final, a sala vai ao rubro, quando o artista canta a "Maria da Fonte" num registo agressivo, forte, a pleno plumões e, ... com o punho direito erguido...
Grande Momento...

Sempre a Lutar

1:48 AM  
Anonymous Anonymous said...

Dilecto último anónimo,

quem deveria ter ido ao concerto do grande Vitorino era o Sr. Paulo Vaz, que se intitula de socialista, mas que deve ser daqueles que meteu à muito a ideologia na gaveta.

Esse senhor, que aparenta um certo pedantismo, encontra-se ao serviço do grande capital, é um assalariado de uma empresa pública que chula diariamente milhões de portugueses, sendo que o seu trabalho é fazer enriquecer os especuladores financeiros, os "porcos capitalistas" e defender a grande Merda da pandilha que nos governa...

Já não há paciência!!!

Abril Sempre

Armando Baptista Bastos

3:03 AM  
Anonymous Anonymous said...

Paulinho, não te fiques...

12:16 PM  
Anonymous Anonymous said...

Oh Sofia e tu achas que alguém analisa a qualidade das candidaturas? Claro que não. Deve ser só pela proveniência.
É como no Aeroporto de Lisboa. Alguém olha para onde está a população. Não! Somente para onde estão os pássaros, para os rios, e para onde a malta de Lisboa tem os terrenos. Claro que o aeroporto deveria ser a Norte de Lisboa (e a OTA até parece ter uma certa lógica), ou a sul de Lisboa (entre o Barreiro e Setúbal). Mas não os mecos querem ali para uma terra de ninguém, e sem acessos.
È caso para dizer volta Durão estás perdoado!

1:17 PM  
Anonymous Anonymous said...

Que grande confusão que vai na tua cabeça, Vanessa.
De certeza que não te darão nunca uma bolsa, nem que metas a morada do Restelo...
lol

3:51 PM  
Anonymous Anonymous said...

Estás a ser muito básica, Vanessa!

7:05 PM  
Anonymous Anonymous said...

Os caros anónimos fazem me lembar os mecos que ficam a salivar ali no Kadoc toda à noite, mas nem sequer têm coragem de me dirigir a fala. Nem lhes vou ligar.

Oh Sofia, tu deves pensar que toda a gente tem a tua sorte, de estar fora e quando vem a Portugal toda agente poe a passadeira vermelha. Mas nós em Potugal, que não estamos em Lisboa, temos de faer muito mais para sermos minimamente reconhecidos. As pessoas de Lisboa defendem-se umas às ourtas, não tenhas dúvida disso. Minha cara amiga, não é como nos Estados Unidos, onde as coisas são feitas com base na méritocracia. Acredita!

11:08 PM  
Anonymous Anonymous said...

Vanessa quê? De onde? Deves ser uma pobre coitada!Sem oportunidades, a viver no cu do mundo...
Ninguém te reconhece o mérito... Tadinha!

7:12 AM  

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