O Génio Humano

O fluxo de ar, humidade, luz, reflete, gira, turbilha na asa; navego pelas camadas de ar, vejo-as passar, seguramente rápidas, mas aparentemente elegantes; o mundo de cima tem uma calma segura, as nuvens que condensam, e depois abrem, as formas que mudam, numa viagem contínua; o sol tem muitas caras, escondido, um fio laranja, uma espiral, ganhando espaço no branco, outras vezes afogado; e logo depois poderoso, na aproximação ao Este.

Radiohead, Led Zeppelin, Wilco, Rage Against the Machine, Beck, acompanham-me entram no meu cérebro via ipod e uns novos Shure (juro que se perder estes não compro mais nenhuns durante pelo menos dois anos); a música, a tecnologia, a criatividade humana, a possibilidade de ver a terra assim faz-me pensar no poder da nossa espécie(e de que como o poderíamos usar melhor).

Noutras notícias: os nehanderthais afinal deram-nos uma série de genes; primeira vida sintética: a partir de quatro garrafas de químicos; a velocidade do movimento browniano foi medido, provando o "equipartition theorem" de Einstein.

(Obrigado ao Coelho e ao Jorge Graça pelo encorajamento ao Agitar).