Farmácias sem Aconselhamento?
20/20 um programa nos Estados Unidos investigou o aconselhamento dado pelos farmacêuticos. Desgraça total, a maior parte de quem atende não é farmacêutico; não há aconselhamento, medicamentos com interacções perigosas são vendidos conjuntamente. Enganos crassos resultam em acidentes graves, mesmo em mortes. A porta-voz das farmácias balbuciava desculpas incoerentes; os erros nem sequer são registados. Não me surpreende; as farmácias americanas bancas de medicamentos anónimos, sem qualquer ligação à comunidade.
Em Portugal o atendimento é cuidadoso, e atencioso, um lugar onde se pode ter aconselhamento real. E é também um cartel, dominado por um punhado de gente, que sem competição tem lucros bastante altos. Mas se o governo liberalizar as vendas de medicamento, vamos ter as farmácias iguais às farmácias americanas?
Em Portugal o atendimento é cuidadoso, e atencioso, um lugar onde se pode ter aconselhamento real. E é também um cartel, dominado por um punhado de gente, que sem competição tem lucros bastante altos. Mas se o governo liberalizar as vendas de medicamento, vamos ter as farmácias iguais às farmácias americanas?
posted by tiago m at 6:58 AM
3 Comments:
E muito possivel...tudo vai depender do modelo escolhido. Alias, mesmo no modelo portugues, ja tens muita gente atras do balcao sem conhecimentos para la estar - enquanto for permitido teres pessoas sem licenciatura ou sem conhecimentos de farmacologia atras do balcao, situacoes dessas vao continuar a acontecer. Agora, nem tens de ir tao longe: olha para a quantidade de situacoes tristes que temos em Portugal por negligencia/incompetencia da classe medica! Tudo isto se resolve no dia em que passarmos a ter "accountability" dos actos profissionais. Essa e a grande differenca entre PT e USA neste dominio. Em Portugal, matas um doente, nada te acontece; nos EUA, ficas com a tua vida profissional e financeira arruinada e passas a ver o sol nascer aos quadradinhos...:-) Agora, como sempre, ha bons e maus profissionais em todas as areas...e preciso e ter um modelo legislativo que proteja o doente dos maus e premei os bons! :-)
Não sei que Portugal farmacêutico é esse, a que te referes.
Aliás comigo aconteceu uma história diferente. Junho de 2005 com um ataque brutal de Sinusite fui a uma farmácia perto do Tagus Park e pedi Sinutab. Quem me atendeu não fez uma única pergunta. Eu resolvi perguntar se poderia tomar alguma dose de ataque. A “atendente” disse que não e que só podia tomar um comprimido de 12 em 12 horas o que segui fielmente. Na verdade não senti melhoras e mais tarde li literatura interna na qual verifiquei que a dose máxima é bem maior.
Passados alguns dias viagem até Londres e tendo me esquecido do Sinutab em Lisboa, desloquei-me a uma para-farmácia. A empregada, questiono-me se já tinha tomado anteriormente o medicamento e apesar da minha resposta afirmativa deu-me indicações sobre a dose recomendada, dose máxima e sobre como deveria tomar o medicamento!
Penso que o problema das farmácias em Portugal, passa por a legislação ser completamente errada, pois define quem poder ser dono de uma farmácia, mas não define as competências profissionais de quem lá trabalha!!!
o Portugal farmacêutico é o k em geral conheci na minha vida. atenciosos, sabedores e cuidadosos
pelos vistos diferente do teu…
Post a Comment
<< Home