O Malai Azul vs. o Público, a TSF, a RTP, o Expresso…
O Malai Azul publica o timor-online.blogspot.com. Malai como qualquer estrangeiro em Timor; azul, não faço a mínima ideia porquê. O Malai Azul conta a vida quotidiana de timor; pequenas histórias do que se passa em Dili, com um detalhe que evoca imagens intensíssimas a quem (como eu) por lá passou.
Nas eleições o Malai Azul relatou o que se passava com o mesmo detalhe; e enquanto Público e restante media em Portugal dava Ramos Horta à frente, o Malai relatava uma história diferente. E tinha razão.
Fascinante mundo, em que alguém, no terreno, tem o poder de difundir para o mundo o que se está a passar, curto-circuitando jornalistas ou desconhecedores do país onde estão, ou ignorantes, ou até a soldo de interesses pouco claros. Bem hajas, Malai Azul.
Nas eleições o Malai Azul relatou o que se passava com o mesmo detalhe; e enquanto Público e restante media em Portugal dava Ramos Horta à frente, o Malai relatava uma história diferente. E tinha razão.
Fascinante mundo, em que alguém, no terreno, tem o poder de difundir para o mundo o que se está a passar, curto-circuitando jornalistas ou desconhecedores do país onde estão, ou ignorantes, ou até a soldo de interesses pouco claros. Bem hajas, Malai Azul.
6 Comments:
Os jornalistas querem ser sempre os primeiros! Neste caso anteciparam algo que não aconteceu...
«O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensangüentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.»
Carlos Drummond de Andrade
Há já grandes dissertações sobre o futuro do jornalismo... e o mundo dos blogs!
Esse é uma das referências actuais para quem se interessa por aquele pedacito de país, que ainda não consegui ser por inteiro!
Cara Djamilia,
apesar de este não ser o sítio mais indicado, mas não disponho de outro, gostaria de expressar o meu muito obrigado pela tua simpática mensagem de telemóvel, agradecer teres acedido ao meu repto de alterar a mensagem de prosa para verso e dizer que seria com muito gosto, interesse e curiosidade que eu veria realizado o convite formalizado no último verso da tua quadra.
É só marcares.
Transcrição do último post colocado pelo jornalista louletano Carlos Albino, no seu blog algarvio, www.smsjornaldoalgarve.blogspot.com:
Metáfora do tempo que passa, não resisto a contar o que o Washington Post fez em Janeiro mas que só agora corre pelo mundo. O grande diário norte-americano lançou a seguinte questão: Passaria desapercebido um dos maiores violinistas do mundo tocando em plena hora de ponta no metropolitano de Washington? Vai daí, convenceu Joshua Bell, sem dúvida um dos prodigiosos e grandes violinistas da actualidade, a pegar no seu Stradivaruis avaliado em três milhões de dólares, para, trajado de vaqueiro, camisola de algodão e boné de basebol, tocar à entrada do metro, na L’Enfant Plaza, no centro político de Washington, solicitando moedas a quem passasse. Ninguém o reconheceu a executar Bach, e durante 43 minutos, das 1.070 pessoas que deram de caras com o célebre violinista, apenas 27 deixaram cair uma moedinhas de esmola, apenas 7 pararam para o ouvir mais de um minuto e no final da façanha, o que estava no fundo do boné, somava exactamente 32 dólares…
Que lição a tirar daqui? A de que a excelência, neste mundo que passa, apenas é reconhecida quando há fama e que apenas há fama quando a excelência é artificialmente colunável no seu lugar e como tal imposta. Em Faro, por exemplo, Joshua Bell, com o seu Sradivarius e as suas magistrais execuções de Bach, ali à beira da Doca, nem sete euros recolheria. Mas a Lili Caneças ou outra qualquer cara de capa, mesmo que, para além da fama sem excelência, pouca coisa saiba fazer ou alguma coisa tenha a dizer de útil e de válido, senhores e senhoras, na Rua de Santo António veria cair no seu boné, em apenas um quarto de hora que fosse, um montante 330 vezes superior ao que o próprio Joshua Bell recolheu no Metro de Washington.
Naturalmente que a metáfora chega à política, chegou à política: no Algarve, dão-se valentes esmolas à fama enquanto a excelência passa desapercebida. E tal como na Arte, mal vai a Política quando os Famosos que tudo fazem para terem mais fama sem excelência, substituem os Excelentes ali na Doca, a pedir esmola para a excelência de que o Algarve tanto carece.
Crlos Albino
Estou quase sempre disponível. Só precisas de combinar com o Tiago.
http://timor-online.blogspot.com/2007
/04/uma-palavra-amiga-do-blog-agitar
-antes.html
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