Sunday, June 24, 2007

Blair, Só Conta o Iraque?

O Blair nunca me entusiasmou; mas numa análise fria o homem conseguiu imensa coisa. Paz na Irlanda do Norte, parlamentos na Escócia e em Gales, reformas económicas importantes, uma liberalização das questões sociais, alguma abertura para a ideia de Europa.

E no entanto sai agora meio envergonhado. Por ter apoiado Bush e ter acreditado na aventura do Iraque. Mas pode-se julgar um político por um único assunto?

7 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Não foi um assunto qualquer, foi uma guerra que continua, até agora, a fazer muitas vítimas...

9:46 PM  
Anonymous Anonymous said...

Quem tramou Blair? O mais certo foi ele o fazer sozinho, pois... sempre se juntou aos american felows e depois de algumas tentativas manchou a sua imagem.É como num jogo de futebol o resultado é que fica para a historia não é a exibição. O homem apelidado de M (arques) M (endes)

11:26 PM  
Anonymous Anonymous said...

Já agora, o Zé tradutor também fez declarações sobre quem manda na casa do srº Blair e, qual os comportamentos deste perante a sua mulher...

4:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

O "negativo" sobrepõe-se sempre ao positivo, especialmente porque o negativo vende mais jornais e é passível de aproveitamento político.

A guerra do Iraque não é, de per si, algo de errado, mas sim um caso gritante de arbitrariedade, face a outras situações humanitariamente semelhantes ou até mais relevantes.

Convém recordar que, a nível internacional, das "vozes" mais contestatárias da intervenção americada foram, destacou-se a de Jacques Chirac, em nome da França.

França essa que detinha direitos exclusivos de exploração das jazidas petrolíferas situadas no Curdistão, através da TOTAL.

Ora, essas jazidas eram controladas por Saddam Hussein e pela minoria sunita, através do genocídio e do terror.

Daí o anti-americanismo.

Acresce que, confundir o terrorismo perpetrado por mercenários não iraquianos ou pertencentes à minoria deposta, com verdadeira rejeição da nova ordem instaurada no Iraque, é um erro crasso.

É óbvio que esse terrorismo semeia a discórdia e alimenta as cisões existentes no povo iraquiano e que, em consequência disso, o processo de "democratização" está em grave risco.

Contudo, até que volte a utilização do gás mostarda, foi dado um passo em frente.

Acima de tudo, julgo que todo este processo redunda no enorme e ingénuo erro de avaliação da geopolitica do médio-oriente.

Por último, quanto a Tony Blair em concreto: é mais um sub-produto dessa esquerda moderada que polula por essa europa fora (no passado: Felipe Gonzales, Mario Soares, Mitterrand, Guterres, ... no presente: Socrates, Royale, ...): muitas promessas e medidas avulsas de esquerda para assegurar vitórias eleitorais e muito pouco respeito pelo real interesse público.

11:24 PM  
Anonymous Anonymous said...

Pertinente este post, num assunto que parece à primeira vista inócuo.

O Senhor Blair fez exactamente o oposto que os seus antecessores e consegui muito, mas mesmo muito mais sucesso. Aliás basta verificar que Londres é a capital da economia europeia, que Blair transformou a Inglaterra numa voz activa e respeitada na politica europeia, Londres é um dos maiores destinos turísticos e culturais na Europa. Blair conseguiu ainda um feito histórico de resolver um conflito interno com duração de décadas e pela via mais difícil, a via positiva do diálogo, mas com a defesa intransigente da paz! E Blair prepara-se agora para ser o melhor candidato a presidente da comissão europeia a seguir a Durão Barroso.

Claro que os senhores da guerra, que ganharam as Falkland, não lhe perdoam um resultado menos bom no Iraque, mas desses não sabemos o nome e muito menos rezará história.

A Europa e o Mundo agradece ao Senhor Blair e espera em breve vê-lo a liderar a Nova Europa, pois é o planeta Terra globalizado que precisa de líderes como este.

4:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

"mais um sub-produto dessa esquerda moderada que polula por essa europa fora (no passado: Felipe Gonzales, Mario Soares, Mitterrand, Guterres, ... no presente: Socrates, Royale,"
ó Valter quando dizes asneiras nao te doi a lingua?
Pois devia
É que, ainda que de uso livre e nao sujeita a receita, a asneira deve ser usada com parcimonia e em doses regradas, mas tu, grande Valter, abusas.
Usas da facil cuspidela aos grandes quando ainda te falta "um bocadinho assim" para que eles possam ter opiniao sobre ti.
Sub-produto traz à memoria as piores adjectivaçoes/justificaçoes que outros usam ou usaram para perpetrar fabulosas indignidades.
Sub-produto parece ser essa tua opiniao devidamente enquadrada (podes retirar o en) em certas cartilhas esquerdófilas mais radicais, de pendor totalizante, que à falta de sensato acolhimento vociferam contra os que as souberam travar.
Ó Valter tem lá paciencia mas se nao te doi a ti (mas devia), a mim "faz-me um bocado de especie" chamar sub-produto a tipos tao interesantes como alguns dos visados na tua verborraica apreciaçao.
Peço que nao leves a mal
Recebe um abraço

12:13 AM  
Blogger tiago m said...

Querido/a "Viva a esquerda moderada":

ó Valter quando dizes asneiras nao te doi a lingua? – evitável, evitável…

Caro Valter, esse conjunto de políticos cobre grande parte da esquerda europeia dos últimos anos! E quase todos eles com grande sucesso. Filipe Gonzalez, por exemplo, enquanto teve gás foi excelente para a Espanha. E dizeres que o Blair foi um conjunto avulso de medidas…

Abraço a todos

11:52 AM  

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