Friday, August 25, 2006

O Medo do Espaço Vazio nas Nossas Cidades

Gosto de praças que desanuviam a vista das nossas cidades. Coimbra, Porto, Faro, Lisboa, todas elas com espaços centrais que deixam respirar e descomprimir do barulho, da pressa, do espaço fechado quotidiano.

Só que esses espaços são permanentemente temporariamente ocupados por feiras de artesanato, da doçaria, do livro, do emprego, ringues de voley, palcos para o Verão, as festas da cidade, écran para jogos de futebol de todos os mais diversos torneios, pistas de trânsito para infantes, carrinhos de choque. Para as câmaras municipais este espaço é simplesmente bom demais estar assim simplesmente vazio.

Se para isto que se ocupem os espaços convenientemente, com edificios bem feitos e com condições. Pelo menos assim poupam-nos às tendas com pedaços a cair e ao barulho dos geradores.

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

huum
Não sei se concordo muito com o que dizes, deves estar a referir-te a algum caso em especial.
Eu não vejo nenhum inconveniente em usar um espaço que, normalmente, tem determinado fim, para outro.
Contando que não seja permanentemente porque, provavelmente, a razão de ser do 1º objectivo do espaço mantém-se.
Exemplos no Porto: cinema em jardins, bairros sociais, praças; concertos nos jardins do Palácio de Cristal; carrinhos de choque no Passeio Alegre, na altura do S.João. É só de vez em quando. Não vejo grande inconveniente. Às vezes até pode ter piada.

2:52 AM  
Anonymous Anonymous said...

o porto nunca foi bom exemplo para ninguem...
soltem as pracas dos rios, dos menezes, dos encarnacoes, dos ruas e desses gajos todos!

5:05 PM  
Blogger S Guadalupe said...

Percebo a tua angústia. Também gosto de espaços que rasgem a concentração de cimento e tijolo. E também gosto que existam assim com estão projectadas e não para servirem de suporte a tudo e mais alguma coisa, como o são a praça da república, que já é tão pequena... já quanto à praça velha em coimbra não vejo problema numa ou noutra ocupação. depende do tempo que dura o hapening.

Tenho uma enorme inveja em não ter uma "la defense". Aí daria para ocupar um ou outro cantinho que ninguém notava, pela sua dimensão.

7:08 PM  
Blogger miguel p said...

as praças são descontinuidades na massa construida, criadas especificamente para que nelas ocorram formas de contacto social, permanentes ou ocasionais.
o importante é que os eventos que eventualmente se programem para esses espaços, os dignifiquem, os valorizem e os promovam, porque a versatilidade na sua utilização, constitui a sua própria essência.

1:21 AM  
Blogger Sofia Melo said...

Não sou contra a realização de eventos nesses espaços, sou contra é o barracão permanente. a calendarização dos eventos peca por isso: vai de aproveitar que já se montou o barracão, e já está - eventos todos seguidos, e a malta quase não dá por eles. e para eventos de maior dimensão e duração, criem-se espaços próprios, ou aproveitem-se os que existem.

10:30 AM  
Anonymous Anonymous said...

…realmente vai sendo cada vez mais difícil e especialmente nas grandes cidades de encontrar espaços amplos, agradáveis e desocupados. Mas será que neste mundo onde vivemos se apreciam este tipo de espaços ? Quem, hoje em dia, usufrui de um banco de jardim só para passar uns minutos a sentir a natureza e ouvir com atenção a melodia dos pássaros ? Quem cria semelhantes espaços livres na sua própria casa ? Quem visita os locais de que fala o Tiago, quando neles não esta a decorrer um evento especifico ?
Quem ? a resposta seria poucos ou nenhuns, não suficientes para alterar a corrente das massas.

5:56 PM  

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