Monday, July 02, 2007

As Convergências

Admiro Helena Roseta. Para as eleições da Câmara Municipal de Lisboa só não votaria nela porque o trabalho destes anos de Sá Fernandes e a sua coragem em atacar a corrupção tem que ser aplaudido e recompensado.

Mas esta teoria de Helena Roseta que os candidatos depois de eleitos devem "encontrar formas de governo de convergência", é simplesmente anti-democrática. Então fazem-se eleições para depois se fazerem acordos entre todos? Nas câmaras como no resto quem ganha tem o dever e a responsabilidade de se chegar à frente. E lá estarão depois de x anos para serem julgados por isso.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Caro Tiago,

A Democracia é o governo das maiorias (ou a ditadura, como também se diz...) Mas, para se tomar decisões, é necessário que exista uma maioria. Muitas vezes, não basta uma maioria relativa de um partido, pelo que é necessário estabelecer acordos com os restantes participantes (sejam pessoas ou partidos) para assegurar a aprovação de medidas. Tal é necessário, pois as instituições necessitam de funcionar, não podem ficar paradas à espera de não se sabe o quê... O pântano guterrista foi um bom exemplo.
Este é o jogo da Democracia. E é bom que assim seja, porque se assegura pluralidade na tomada de decisões.
Quanto ao Sá Fernandes, o seu papel é funcionar como uma consciência, um polícia da moral. Agora como agente de mudança para produzir um município moderno e em linha com o que de melhor se faz pelo estrangeiro, não creio que o seja... Nem ele, nem os restantes. Para se conseguir isso, seriam precisos outros intérpretes, provavelmente fora do jogo partidário...

12:56 PM  
Blogger Paulo Coelho Vaz said...

Mais nada!!!
Grande Tiago!

4:10 PM  
Blogger Unknown said...

Os partidos têm as costas largas. Não há festança onde não apareça Dona Constança... Fora do jogo partidário já sabemos com que contamos: Sr. Carmona, Sr. Fontão, Sra Gabriela. Onde é que apresentamos a queixa? Pelo menos quando há partidos pelo meio temos alguém a quem atirar as culpas, Não é Francisco. FMI! A culpa é todos, a culpa não é de ninguém! Não é? Recomendo que escutes essa pérola musical e poética (FMI) pois está lá tudo o que é ser português e as angustias que temos em viver segundo as regras do jogo democrático. Se o texto for muito denso podes sempre cantarolar esta: Francisco cisco cisco é pescador, pesca no rio e no mar, ar, ar...
Olha mas se não for pedir muito, explica-me lá como seria a vida sem partidos políticos. Devo dizer que nos dias que correm tenho vontade de esganar um tal de Correia de Campos e mais quem o tem segurado no lugar. Mas há vida para além dos bufos de pacotilha e quem se alimenta deles. São escumalha, gente rasteira sem formação democrática e que devemos afastar sob pena de amanhã termos vergonha de viver neste país. De qualquer modo, se os partidos que há não servem os jovens com sangue na guelra que avancem e fundem outros. As soluções existem. Dão é muito trabalho e trabalhar é chato, não é Francisco? No hard feelings

Já agora, sobre a proposta da Helena Roseta é apenas bom senso, essa regra lapidar da boa gestão. Pena que as coisas simples sejam tão dificeis de digerir. A única explicação é que não gostamos de pessoas que pensam. A HR terá os seu defeitos mas custa assim tanto reconhecer os seus méritos? Democracia é também respeito pela diferença e capacidade para aceitar ideias de outros. Se não for assim, então reduzimos a democracia à ditadura dos mais fortes do momento o que é suicidário, do ponto de vista da vida em sociedade. O que aconteceu com a HR já aconteceu com outras pessoas. Mudaram de partido ou sairam de um partido. Qual é o problema? Pelo menos mexeu-se. Não deveriamos dar mais valor às pessoas que se mexem, não se resignam? A sociedade PT tem um complexo com este tipo de pessoas... é uma pena. Necessitamos de empreendedores e não de comentadores, acusadores, bufadores, etc, etc.

1:38 AM  
Anonymous Anonymous said...

Caros

No rol dos independentes, não temos temos só Carmona, Fontão e Feist. Temos também agora Negrão e Roseta.

Os independentes são como aquelas pessoas que não têm clube de futebol para ganhar sempre...

12:37 PM  
Blogger Zorze said...

A isto chama-se pós-democracia participativa.

2:16 PM  

Post a Comment

<< Home