Monday, July 17, 2006

Lotaria Arizona

No Arizona propõe-se uma lei que institui uma lotaria para quem for votar. Se o voto for o certo (neste caso haveria um voto CERTO!) ganha-se 1 milhão de dólares.

Será legítimo atrair os votantes com estes truques? E um votante que vai lá pelo dinheiro vale tanto como outro que lê todos os programas eleitorais?

Se a moda pega e isto se introduz em Portugal já estou a ver alguns dos nossos pequenos políticos dizer que a culpa é dos votantes da lotaria…

9 Comments:

Blogger Paulo Coelho Vaz said...

A ideia de lotaria acaba por não ser muito diferente daquela que propõe um benefício fiscal em termos de impostos para quem votar. O que impressiona é a necessidade que hoje temos para promover os processos eleitorais e também a democracia perante os eleitores.

Mas repara que por outro lado a abstenção não significa necessariamente um descrédito perante a democracia ou o sistema político. Há quem defenda que ela acaba por representar também o oposto, isto é, os eleitores que não votam porque não sentem o sistema em perigo e também não sentem necessidade de escolher os seus governantes.

8:59 AM  
Blogger Sofia Melo said...

e com as campanhas políticas que se fazem, em que se aposta no saco plástico e no porta-chaves e bandeirinha, e/ou no achincalhar do adversário, quem tem vontade de votar nos gajos? os eleitores deixam de acreditar que há diferenças entre os políticos, e marimbam-se para o processo eleitoral - seja quem for que ganhe, vai dar ao mesmo...

9:46 AM  
Anonymous Anonymous said...

Bom esta da Lotaria só mesmo de quem não joga com o baralho todo ou então pretende descredibilizar a democracia ao ponto de a fazer implodir e autodestruir-se. De qualquer forma existe uma necessidade urgente de conceber modelos de gestão, governação e participação democrática que possam ultrapassar algumas limitações sérias que temos neste momento e sinceramente não vislumbro no horizonte ideias brilhantes.

12:48 PM  
Blogger tiago m said...

tb não vislumbro soluções brilhantes para a falta de participação

e ainda menos para conseguir que a malta resolva participar nos partidos políticos (embora alguns de nós tenham tido esse acto de grande coragem, e eu tenho admiração por essa gente)

6:51 PM  
Blogger Paulo Coelho Vaz said...

Sim, sim.

Mas reparem que existe um grande problema de participação das pessoas em tudo o que tenha a ver com politica e com os partidos. Há, em especial em Portugal, um estigma contra os políticos e os partidos. E as pessoas não estão isentas. Não se inscrevem nos partidos. Não aceitam campanha eleitoral, a não ser que sejam "os saco plástico e (...) porta-chaves e bandeirinha"!

Eu que já fiz algumas campanhas em muitas situações, sei bem que as pessoas aceitam muito melhor uma rosa do que um simples panfleto a explicar a cinco mais importantes medidas que um partido quer implementar em Portugal. E não é só nas eleições para a Assembleia da República. Já no nosso tempo de Universidade e de ACC, muitos dos nossos colegas aceitavam mais o autocolante do que o programa eleitoral!!!

8:25 PM  
Blogger tiago m said...

por acaso não estou nada de acordo que as pessoas aceitassem melhor o autocolante; até acho k aceitavam melhor o panfleto e o programa eleitoral

na transição para as listas independentes foi essa a grande diferença; e as listas independentes ganharam…

8:29 PM  
Blogger Paulo Coelho Vaz said...

Tem essa percepção porque as listas independentes tiveram, e bem, outra atitude e também menos dinheiro.
Mas olha que se tinha de fazer algum malabarismo para levarem o programa (como sabes eu tive alguma experiência na magnifica porta da faculdade de Letras). Já o organigrama sai muito bem. Os nossos colegas gostavam era de caras.

9:18 AM  
Blogger Sofia Melo said...

e vivam as listas independentes.... na minha opinião, há dois tipos de políticos que formaram/se associaram a estas listas: 1º, os que deixaram de se identificar com dterminados partidos e lideranças, 2º, os que querem participar mas não que querem comprometer com nenhuma facção política. dado o corropio constante de mudança do cenário político, há cada vez menos quem arrisque. acho que se devem tomar e afirmar opções políticas, mas se não se acredita nos partidos que há, que fazer? a criação de partidos novos não tem resultado lá grande coisa....

9:21 AM  
Blogger S Guadalupe said...

ai DEUS MEU (que nem eu sei qual é!)... já não digo nada!

12:00 PM  

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