O Pânico do Establishment Alfacinha. Lindo.

Luís Filipe Menezes é o novo líder do PSD, num daqueles movimentos épicos, basistas e populistas que fazem do PSD um partido vital, dinâmico e supreendentemente simpático. Eu, com cada vez maiores simpatias pelos populistas com rigor, fico contente.

E especialmente é lindo ver os comentadores elitistas e alfacinhas em pânico, com grande soberba, desdenhando das capacidades do homem, da sua formação, do seu nível, falando dos bons velhos tempos em que Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Rui Machete (!!!!) eram os líderes do partido (Maria João Avillez dixit).

Será que o establishment vai conseguir comer o Menezes como fez com vários outros (Gomes, Macário Correia, Santana Lopes, etc). Pode ser. Mas o Menezes parece mais coriáceo, mais decidido e mais obstinado. Não vão ter vida fácil; vai ser pelo menos interessante de seguir; e só vê-los tão aflitos é um colírio para a vista.

Nas Mãos Deles?

Móveis da IKEA, muitos móveis, aluguer de uma carrinha da Hertz único modo de transportar os ditos. Viagem ida corre bem, devagarinho, descarregar os móveis também (obrigado Mãe), viagem de volta com muita calma, ufa, mais uma grande missão de vida cumprida. "Este toque não estava aqui". "Eu não bati em lado nenhum". "Este toque não estava aqui, veja aqui a folha". "Isto é inacreditável, é simplesmente um roubo"

300 Euros debitados no cartão de crédito. Curiosamente a carrinha tinha seis toques, esses sim marcados na folhinha; ou seja os gajos cobram –às vezes como neste caso à má fila–, e ainda por cima não arranjam os carros.

Estamos sempre nas mãos deles?

Sete Anos. E BASTA!

Vinda de uma política conservadora (!!!) alemã, chega uma proposta de alteração radical ao casamento: Limitá-lo temporalmente. Sete anos. Querem mais? Tornem a casar. Ou se não querem vão à vossa vidinha.

Parece-me bem; eu que agora me divirto imenso nos casamentos, passaria a ter muito mais. Sem falar nas despedidas de solteira que as irlandesas/inglesas/suecas/norueguesas fazem no Algarve; aumenta imenso a possibilidade de muita gente se safar em grande.

Quais São os Vossos Defeitos?

Craig Venter, James Watson fizeram sequenciar o seu genoma, pecinha, por pecinha, e toda a gente pode vê-lo na net. Dois cientistas, dois grandes egos. Venter não se importou que a propensão para alcoolismo, abuso de substância, doenças cardíacas e Alzheimer, fossem conhecidas. Watson pediu que a informação sobre a propensão para Alzheimer fosse mascarada (sem sucesso).

Venter diz que com este gesto quis demonstrar que esta informação não tem nada de mais e não há que ter medo de revelá-la. E vocês, prontos para ter o vosso DNA, nuinho na net, para toda a gente analisar?

FARTO de Bola

Directos da Suiça pelo castigo do Scolari, directos de uma manifestação em Londres com 20 fanáticos pelo despedimento de Mourinho, comentários e análises ao dito, directos de Milão, Lisboa e Porto pelos jogos da champion's league, mais ainda Paços de Ferreira, Braga, Munique, e Leiria. 25 minutos, para mais, na abertura dos telejornais da noite.

Porra, até eu estou farto de futebol, dos seus fait-divers, seus comentadores, e notícias irrelevantes. Agora imagino para quem não goste de bola.

Alguém Vai Gostar de Rugby, Ténis, F1?

Torneio das 5 nações, com o grande desenho táctico dos grandes homens; ténis, a terra batida, a relva, Bjorn e John, Lendl e Courier; judo e os japoneses; até F1, os reabesticimentos, Jacques Laffite, Senna, Piquet. Desportos que fazem parte do meu bloco de adolescência; e ainda hoje me interesso pelos seus grandes artistas.

Mas com as grandes competições só acessíveis em canal pago –fui ver a final de Winbledon num café triste e sem som… – será que os miúdos de hoje vão ter algum interesse por algo que não seja a bola? O que teria como ironia que os canais especialistas de desporto abandonariam a transmissão das modalidades porque ninguém as quererá ver.

A Bélgica Anarquista

Três meses sem conseguir formar governo, os flamengos cada vez em maior número e com maior intensidade a pedirem a independência. Mas o que é um país quando há duas línguas, partidos divididos pelo território, governos regionais com poderes fortíssimos. E quando se tem no próprio território a supra-nação. Questões de identidade.

No entanto nenhum stress, nenhuma tensão nas ruas. Um ambiente de harmonia, confiança no futuro. Ah, como é bom ser um país civilizado. E em última análise, o governo afinal serve para quê? Bakunine deve estar delirante; a Bélgica país monárquico na senda anarquista, eh eh eh .

Viva a Pirataria

Extensa reportagem no NYT sobre Rick Rubin, novo director da Columbia Records. Rick Rubin foi o produtor de muita gente e é um cromo exótico, a quem o gigante da indústria discográfica, borrado de medo, entregou a procura de um novo modelo de negócio.

Solução proposta pelo amigo Rick: Flat fee de 20 dólares por mês por acesso universal, de qualquer local, a toda a música, até hoje gravada no planeta. Yupiiiiii!!! Viva todos e todas as grandes piratas que obrigaram os chulos da indústria a finalmente darem o acesso à música por um preço justo.