Friday, December 28, 2007

Menos uma…

O Nepal vai deixar de ser uma monarquia! Foi preciso um massacre em que um dos filhos matou a família toda, se suicidou; um rei que encheu os bolsos em proveito próprio. Mas enfim, os nepalenses lá chegaram.

Viva, viva. Pode ser que a metade dos nossos civilizados países europeus olhem para o feudal reino do Nepal e ponham tino na cabeça.

Friday, December 21, 2007

Ela Vai Ganhar!

Tenho estado a seguir apaixonado a sessão das primárias nos Estados Unidos, que vai começar na primeira semana de Janeiro no Iowa, e é absolutamente fascinante. Imensos candidatos do lado dos Republicados e Democratas. Gente muito boa e muito inspiradora, de um lado e de outro. Pessoas com enorme curriculo, inteligência, conhecimento, capacidade.

John McCain, Giuliani são dois republicanos nos quais não me importaria de votar. Clinton e Obama provam que a América está pronta para ter uma mulher e um negro como presidentes. Obama é uma história absolutamente inspiradora e um homem que merece vir a ser um dia presidente dos Estados Unidos.

Mas a minha favorita, quer na escolha pessoal, quer nas possibilidades de ganhar é Hilary. Vai ser a próxima presidente dos EUA, uma previsão zandinguesta, sem qualquer possibilidade de falhar, que vocês têm o grande privilégio de ter ouvido aqui em primeira mão!

Tuesday, December 18, 2007

O Natal Odioso

Shows de televisão com variedades execráveis e o Goucha vestido de Pai Natal, publicidades a perfumes com mulheres com voz irritantemente sussurante, gente nas ruas a gastar dinheiro em berloques estúpidos, luzes de Natal com gastos significativos de câmaras municipais endividadas.

Ah, e a música nos altifalantes, ding dong dlong, a inundar todas as ruas, duetos com a voz grossa do homem, e a fininha da mulher.

Porra, muita coisa para odiar no Natal.

Wednesday, December 12, 2007

O Berto Maluco

O Berto Maluco foi morto, baleado à porta de casa, rajada de metralhadora, provavelmente pelo grupo do Bruno Pidá, do grupo da Ribeira; provavelmente porque matou o Nuno Gaiato, numa disputa de território de seguranças privados. O Berto Maluco estava ao lado do Aurélio Palha, num jantar em que Rómulo, dono de ginásio foi espancado; o Aurélio Palha foi morto na mesma noite.

Está tudo lá, em todos os jornais; nomes, ligações, vídeos no youtube, fotos de armas no Hi5. Pelo que a pergunta óbvia é: se toda a gente sabe, o que anda a fazer a polícia judiciária? A frase do director da PJ, “A violência vai parar. Tenho a certeza disso" entra directamente no anedotário nacional de incompetência e fazer-dos-outros-estúpidos.

Fascinante. Se não provasse que há armas, metralhadoras, e morte, e morte casual, dependente de uma bala perdida em qualquer momento em muitas cidades do país.

Friday, December 07, 2007

Ele Passa


Kadhafi, recebido como um estadista por Sócrates (que depois de Chavez e do primeiro-ministro chinês deve estar a tentar corrê-los todos), está com um aspecto tristemente acabado e decadente, agarrado a uma mantinha, tremendo. Um homem que era o símbolo de uma arrogância transgressora e pujante agora lembra um pobre coitado. E os líbios a gramarem com tudo isto, anos a fio. Coitados.

Seria uma ilustração brilhante da decadência dos ditadores, se não nos lembrasse a nós, também, que o tempo passa.

Monday, December 03, 2007

O Resto É Paisagem

O Programa Ciência 2007, abriu posições onde doutorados podem prosseguir investigação semi-autónoma. E ter vantagens extraordinárias, miragem para todos os outros investigadores: súbsidio de férias, 13.o mês, segurança social, e acesso a subsidio de desempro.

O Ciência 2007 insere-se na nova tendência do financiamento do ensino superior: um bolo comum, ao qual toda a gente se candidata; e ganha quem tem mais competência, melhores projectos melhores equipas; de onde se vem, não tem qualquer relevância.

Distribuição geográfica das bolsas Ciência 2007: 60% para Lisboa, 13% para o Porto, Minho 9%. Coimbra ficou em quarto com 7 %. O grande paradigma da coesão nacional, o Estado a intervir para desenvolver solidariamente o país: tudo para Lisboa; uns pozinhos, pozinhos pozinhos, para o resto