Agora Sim: Phelps o Maior

Michael Phelps nunca me entusiasmou; não gosto de o ver nadar (contrariamente à elegância monumental de Popov, p.ex). Não gosto que ele reduza outros grandes nadadores. E não gosto do ar dele tão mecânico, tão certinho, e inumano.
"Esta ele não leva". Estafeta dos 4x100 livres, franceses à frente no último percurso, e pela França nadava o Bernard, homem mais rápido dos 100 metros (e que ganhou dias depois a medalha de ouro). Mas o incrível aconteceu; o americano, supostamente bem mais lento, ultrapassou o Bernard e deu o ouro ao Phelps. Nos 100 metros mariposa, ainda hoje não consigo acreditar naquela chegada do Phelps que lhe dá a sétima medalha. E resignei-me; "é o destino".
Phelps decidiu não nadar durante vários meses; e numa festa numa fraternity foi apanhado a fumar droga. E de repente fico muito mais contente com as vitórias dele (tirando os tristes pedidos de desculpa a que o obrigaram); esta nova faceta faz dele um personagem mais rico, mais contemporâneo, e se alguma coisa, um ainda mais extraordinário nadador.